Meu lugar,
quem dera fosse com os sãos
com esses que sentem bater o coração.
Mas estou confinada,
numa cama amparada...
e um aparelho marca as batidas
dentro do meu peito.
Já é tarde da noite
noite já virou madrugada
e eu sei não resta nada,
a não ser relembrar
E presa nesta lembrança
eu me sinto igual criança
sem ninguém para segurar minha mão
e nesse momento eu tenho medo da escuridão.
Não vivo mais.
Não respiro mais sozinha.
Há algo que me faz respirar.
É algo de fora que me faz viver.
E isso não tem nada a ver comigo.
Por piedade,
por humanidade.
Desliguem por favor
esses aparelhos.
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