sábado, 28 de abril de 2012


Ah meu poeta
Venha cá com suas rimas corretas,
Com suas estrofes simétricas,
Venha me libertar.

Encontro-me enclausurada
Daqui não posso ver o céu
Há um véu que me deixa aprisionada
Sobrevivendo de migalhas de sonhos- nesse mausoléu.

Venha poeta vestido com sua armadura
Polido com seus sonhos, meu senhor.
Brilhante com sua loucura
E também me deixe louca com o seu amor.

Já não suporto mais a espera.
Quando isso vai acabar?
Dê-me a mão, me ajude a escapar por essa janela.
E a liberdade encontrar.

Já não suporto mais ser prisioneira
Ajude a salvar meu pobre coração.
Venha e me salve de qualquer maneira
E me liberte das garras dessa solidão.

(créditos Dayane Alves)

Os lábios do meu amado





São duas metades de um mesmo doce,
Como se o sabor  raro fosse...
Saboroso, gostoso... Inesquecível
Eleva os sentidos, imprescindível.

Duas metades macias de um enleio
Me perco, me encontro no beijo
Desses lábios cheios
Cheios de desejo.

Traduz apenas num mover, num tocar
O sentimento simétrico que temos- somos apaixonados,
Enlouquecidos, hipnotizados
Estamos imersos, afogados, nesse jeito de amar.

Ah, os lábios do meu amado.
Transportam-me para outro lugar,
Um lugar magico, místico
Iluminado por esse luar...

Ah, os lábios do meu amado
Me convertem, meu coração acelera,
As mãos a tremer, o peito a bater,
As mãos a suar nessa espera de tocar...

Ah meu amado,
Teus lábios são minha perdição..
Vivo nesse pecado de amar
Completamente imersa nessa paixão...
[por você]

terça-feira, 24 de abril de 2012

Ah esse meu coração


Calei os ais do meu coração,
arranquei dele de maneira cirúrgica
toda melodia, fantasia, utopia
regada a ilusão.

Os suspiros, a palpitação
selei com mil encantos
erguendo barreiras por todos os cantos,
protegendo meu coração.

Nem cores, nem amores
por essas barreiras passarão.
nem saudosismos, nem paixão.
nada mais sentirá meu coração

Porque eu o arranquei
o salvei do inferno do amor,
e o revesti de ferro.
Para nunca mais sumbir em dor,
nem se deixar levar pelo amor...

Ai, esse meu  tolo coração...

domingo, 22 de abril de 2012

É sempre um sonho



É sempre um sonho

Foi pronunciado,
seus lábios se articularam
se moveram numa dança silenciosa
numa melodia gostosa
Eu ouvi. Você disse.

Parecia que flores de cerejeira
caiam sobre mim, como neve...
um cenário exótico que surgia na minha mente
meu coração saltitante,
Você falou, eu ouvi.

Sua língua tocou seus lábios,
umedecendo, preparando. Eu não acreditava.
Você pronunciava, falava, entre risos.
Risos de felicidade.

Você escreveu, cantou
e por fim soletrou ao meu ouvido
E-U T-E A-M-O.

Com um susto, acordei, era apenas mais um sonho.

sábado, 14 de abril de 2012




Foi desgraça, foi loucura
Foi te olhar e não poder esquecer
Foi desses amores que nos levam a sepultura
Foi dessas paixões em que se domina o prazer.

Foi assim que perdi a compostura
E na dança do amor me deixei levar
Foi assim suspirando a beira da loucura
Que eu me perdi no teu balançar.

E cantei essa primavera como uma libertina.
E sofri no mesmo instante ao notar.
Que como ciclo ininterrupto da vida,
Tudo começa pronto para acabar.

Ah amor que passou, não te maldigo não.
Pois me deixaste nessa brisa  me levar...
Eu maldigo o meu coração,
Que nunca pensa, é tolo...
E no seu adeus, pulsou tão forte no peito...
Que nos meus olhos lagrimas veio derramar.