sábado, 28 de setembro de 2013

Separação

Tirei das prateleiras
a saudade.
Amontoei num saco plástico.
desses pretos...
E coloquei na porta.
Com o espanador
limpei os meus móveis
Tirei a poeira...
Nunca vi tanta tristeza
no ar.
Tossi.
aos poucos se dissipou.
Arrumei as minhas roupas que não usava mais.
blusas que não me serviam, devoradas por traças
Meias desfiadas...
E toda minha roupa de amor.
Também joguei fora...
Foi difícil.
Foi como apertar o coração com uma prensa.
Foi como descer ao inferno...
Loucura da não paciência.
Desfiz-me da dor.
Separá-la de mim...
coisa difícil...
Mas ao fim da coragem...
Da cruel separação...
eu desapareci

e a dor ficou.

Renúncia

Amor não me olhe assim.
Ser eu do meu jeito não é o fim.
Veja bem:
Há tanto fruto que não amadureceu
Há tanta folha que não caiu.
Há tantos sois que ainda não nasceram
Há tantas luas cheias que você não viu.
Há tantas chuvas para serem chovidas
Há tantas mortes para se tornarem vidas
Há tantos corações para vibrar
e ainda não vibraram.
Há tantas noites para cair.
Há tantos outros amores para serem conquistados...
vividos,
desenhados
Declamados...
Amor meu,
não se aflija por mim.
Cá dentro ainda há muitas dores para eu sentir.
Há tantas manhãs para serem acordadas
e cafés para serem tomados
com pão de queijo.
E blues para serem tocados,
e mendigos para serem ajudados
e bombons que vou receber
Há tanta gentileza no meu espírito para ser
compartilhada.
Não,
Não se aflija por mim.
e não me olhe assim...
Há muito de mim
para se perder por aí...
Há muitos adeuses que não foram dados....
Deixe...

Deixe seu primeiro adeus comigo.

Recordações

Os rastros deixados pelo inverno
as folhas caindo no outono
as flores se libertando na primavera
nesta ordem fora de ordem
eu lembrei de você...
Deve ser alguma fantasia
escondida no meu subconsciente
que insiste em lembrar de você
A festa que nunca fomos.
a música que nunca dançamos
essa coisa que nunca senti...
Me fizeram lembrar de você
Malabaristas na praça,          
no trânsito, enquanto o sinal está vermelho.
Os sons do cavalo trotando...
o jogo de críquete que nunca assistimos.
Um trilhão de estrelas iluminando o céu...
pontos brilhantes que fazem meus olhos brilharem também.
O vento que sopra
corre por entre meus cabelos
sussurra seu nome. Soletrando.
O quê?
Esses momentos se perdem.
As janelas cerram.
As portas se fecham.
E alguém em algum lugar
fecha a capa do livro.
História nossa.
Que nem mesmo.

Nunca existiu.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Culpada...

Doutor me desculpe,
mas eu O amo.
amar é próprio do ser humano...
então o que posso fazer?!
Doutor é um crime
que confesso...
eu coloquei em todos os versos
eu deixei pistas por todo o universo
deste crime que cometi.
Doutor eu dispenso advogado
promotor e
o diabo a quatro.
Sou culpada
e aceito
de bom grado a punição...
doutor pra ser efetivo
me dê logo um bom castigo
arranque de mim meu coração.
Caso
não
caso contrário
eu não vou me segurar.
Caso assim o doutor não o faça...
eu voltarei a amar...
e irromper

inevitável ciclo de crimes.

Ingrato

Ingrato amor este teu.
Dei-te tudo o que uma dama poderia dar
e dei também tudo o que uma vagabunda daria.
Ingrato. Ingrato amor este o teu.
Que me reduziu a cinzas
Que queimou como chamas na fogueira
Que consumiu rapidamente
Pólvora explodindo.
3° guerra mundial dentro de mim.
Sugando
Se apossando...
De tudo.
Sem nada deixar para trás.
Um furacão
Um tornado.
Eu darei teu nome a este fenômeno beligerante
de destruição sentimental.
Devo ao fim procurar alguma ONG?
Deveria haver alguma ONG...
Em prol aos feridos,

atingidos por causa do amor.

No sussurro do vento

Qualquer dia
Menos dias
Numa noite vazia
Funesta, nefasta
Como esta
Eu vou morrer
E quando eu me for
Peço por favor,
Há um pote no meu armário
Tem dinheiro em papel
E moedas.
Tem um nome escrito
Aventura
Não deve ter muito
Mas vá para a Inglaterra
Se não der ... vá para a Califórnia
Se ainda não der
Vá para Buenos Aires
Para o Rio.
Ou simplesmente
Compre uma passagem de ônibus
Para Pirenopolis
Eu sei que vai dar
Por lá compre corujas de Pedra
Ande nas ruas com aqueles paralelepípedos
E pule-os como se fosse amarelinha
Se cair sorria
Era o que eu faria
Compre um colarzinho
Desses com pontos de luz
Tem uma loja
Que vende livros velhos
Cheio de ácaros e fungos
Compre alguns também.
E tire fotos
E pule no rio
E dê um assobio..
À noite antes de chover,
Vá a uma doceria que tem por lá.
Compre uma torta de limão
Dessas com glacê e tudo
E quando for de madrugada,
Bem de madrugada
Quando o sol estiver nascendo
Verás como o mundo é pequeno
Observe o sol
Cumpra o ritual
Ou se bem ou se mal
Era o que eu teria feito
Se tivesse suportado
Ao fim ouça meu muito obrigada
No sussurro do vento...

domingo, 22 de setembro de 2013

Bate

Algo bate.
Bate tão forte
É sonoro
É sentir
É  o vento?
É o sono?
É o riso?
É o quê?
Que bate
E bate
É a porta?
É visita?
É  o devaneio?
É o que passa?
É o que fica?
É o que chama amor?
Não. Não.
 O que bate aqui é a vida a seguir
E arranca-me um sorriso.
Graças a Deus...
O que ainda bate

É o meu coração.

Prenúncio de nunca mais

Nós não somos isso
Isso são quereres
Isso são prazeres
Nós somos o depois
Os olhares perdidos
Nós somos o: “o que fazer?”
“O que deve ser feito”?
“para onde ir?”
“Por onde seguir?”
Depois...
Mas o depois é tão fácil.
Dê-me cá um abraço.
Nos vemos depois.
Depois...
Prenúncio de
Nunca mais....

Cem anos de solidão

É sexta a noite e você está só.
O mundo urge em tempestades
risos
e saltos para lá e para cá.
Mas você está só.
Domingo pela manhã você está só.
Sua irmã lhe conta da saudade
sua mãe lhe pergunta: Qual é mesmo a sua idade?
Porque motivo você está só?
É domingo à noite e a nostalgia...
de algo que nunca nem mesmo possuiu.
Segunda pela manhã e você está só.
O ano passou e você está só.
Chegou o natal
E sozinho, na casa, no quarto, na sala,
na cozinha.
Apoiada na pia.
As luzes piscam.
Mas você está só.
Papai Noel te esqueceu...
Ah...
Estou só,
estamos sós.
E mesmo que viva 100 anos.
Serão 100 anos
de intensa solidão

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Cotidiano

Sapatos na porta de entrada
Dispostos simetricamente um ao lado do outro.
Zíper desgarrando-se.
Saia pelo chão.
Cabelos soltos.
Já sem penteado.
Botões que saem das casas.
Blusa pro outro lado.
Um último fecho se desfaz.
Meio liberdade.
Eu despida de mim.
Não sou nada.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Fuga

Este é o momento.
Nós vamos fugir hoje.
Prepara as malas.
Aliás não façamos malas.
Vamos assim. Mãos nos bolsos
sem nada.
Sem planos
Sem amanhã.
Vivendo o hoje
sem talvez
sem depois
sem jeito.

Vamos?
Vamos fugir hoje.
Deixemos para trás o que nos fere!
As bocas
e as palavras que nos dilaceraram.
As delicadezas 
que nos sangraram até a ultima gota.

Vamos...
Vamos comigo
para esse logo mais
que deverá ser de fato o paraíso
vamos viver a descoberta
do prazer que é cada minuto
sem saber de nada.

Talvez seja disso
que o meu egoísmo precise.
De uma não existência do amanhã.
O hoje não me é suficiente.
Eu preciso do agora.

Foge comigo?

O palhaço que tocou saxofone

É um palhaço que já não fazia mais palhaçadas. Já não atraia mais atenções, as crianças não davam conta do quanto o palhaço os queria ver sorrir, passavam longe, viravam a cara. A magia havia se perdido, o interesse havia se dispersado, os pequenos, os grandes, os velhos, os adultos, todos tinham outras atenções.

Pessoas que talvez como eu gostassem, mas temesse os palhaços. Eu temia os palhaços, desesperadoramente. E eu ficava de longe olhando tudo me parecia assustador: a maquiagem, a boca gigantesca, o nariz avermelhado e redondo, os cabelos, os sapatos grandes, as roupas coloridas...
Mas sentia uma tristeza tão imensa por trás daquela maquiagem. E era isso que assustadoramente me atraía.

E sem circo, na praça os palhaços ficavam: piruetas cambalhotas, tombos, tropeços. Cair parecia uma arte para aqueles moços, às vezes eu sorria. Mas logo recobrava a consciência e o meu medo dos palhaços.

Quando eles se distraiam, eu ia lá, morrendo de medo e jogava uma de minhas parcas moedas nos chapéus jogados no chão, e correndo o máximo que minhas pernas podiam eu voltava para o meu abrigo distante para apenas observar aos senhores palhaços e conviver com meu medo.

Mas eles foram ficando escassos. Não havia mais tantos palhaços nos últimos tempos. Eu sequer me perguntava o que havia acontecido com eles, só notava a ausência se somando a muitas outras ausências que a praça apresentava no seu palco solitário.

Um dia, um desses dias em que eu já não esperava encontrar senão mais que um palhaço, trôpego de bêbado, para assustar-me, encontrei um. Um único palhaço, pintado, caracterizado, segurava em suas mãos um instrumento. 

Meus olhos arregalaram e eu estava pensando que aquilo devia ser uma arma, e que o que eu tanto preconizara havia chegado, o palhaço nos mataria a todos, por não rimos mais de suas palhaçadas.
Tapei os ouvidos e esperei o massacre.

Nada aconteceu. Nada além de um sopro tímido, uma melodia dolorosa, triste e quieta invadiu o espaço sonoro da minha mente, e eu me vi embevecida.
Deixei os braços cair ao longo do meu corpo. E caminhei como que hipnotizada pela melodia.
Um palhaço que tocava saxofone, numa tarde febril de setembro, anunciando o final do dia. Anunciando o fim. 

Nunca em minha vida senti tanta dor vinda de um cara que deveria nos fazer sorrir. Entendi a melodia. Entendi a música que tocava, era, era certamente todas as suas tentativas ocas de trazer o riso e a felicidade. Mas as pessoas não estavam interessadas nisso.
E eu estava hipnotizada. Olhando as lágrimas que manchavam a maquiagem do palhaço, eu chorei junto com ele. 
E na praça no meio de tantas pessoas transitando metidas dentro de si mesmas, havia três loucos que choravam toda a angústia de uma solidão que abrigava uma multidão de pessoas, mas parecia que só nós três a sentíamos: eu a medrosa, o palhaço e o sax.
Tirei da minha bolsa todo o dinheiro que possuía e o coloquei no chapéu.

Foi a primeira vez que vi um palhaço chorar.

E foi também a primeira vez que venci um medo. 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Puedes tu beber de lo infinito

Puedes tocarme
Pero tocame y lo entendas
Que se me toca se me rompe el alma
Y se me rompe el alma
Yo te condusco al infierno.
Pero estoy segura que te vas a amar.
Puedes tocarme.
Pero jamas como lo tocas a ellas
Yo no soy maquina.
Yo soy un cuerpo...
Y se me encendes
Y se me llama.
Ni lo intentes apagarme.
Puedes quemarse...
Puedes tocarme.
Pero lo tengas en tu mente
Que yo soy el mas de todo universo.
Algo que rompe el insaciável.
Y se me dices  que pares
Ya es tarde demas.
Yo soy muchos dedos
Yo soy un infinito
Yo soy un lago.
Y se me bebes
Lo compreendas que no voy matar
Tu sed.
Tu. Tu siempre vas a querer beber de mi.
Intentalo no ahogarse.
Pudes tocarme.
Ahora soy infinito
Puedes tu beber de lo infinito?

Eu a mereço


Merecemos.
Todos nós merecemos um dia de sol.
De vento nos cabelos.
Sem lágrima no olhar.
Merecemos a divindade do amor.
De sermos abraçados.
De receber uma canção
Tocada ao violão
Por um amador.
Merecemos o andar silencioso,
Ou o correr pela grama.
E deitar.
E olhar o céu azul e tentar alcançar.
Merecemos a felicidade.
E ouvir Tchaikovsky.
E alguns lábios beijar.
Nós desgraçados no mundo.
Merecemos sim,
Um pouco de felicidade.
Deixe-a chegar.
Pode vir felicidade.

Eu a mereço.

Arre...

Arre
que isto não é poesia que se faça.
Arre que isto não é vida que se viva.
E hoje eu abri olhos.
Arre!!!
Isto é o sol?
Quão brilhante!
Quão quente!
E sinto este pulsar dentro do peito.
Arre
Que vou morrer.
O que isto?
Toco o peito.
esse tum tum tum
que parece incontrolável.
Arre eu vou morrer!
Não,
Não.
Arre!
Isto é meu coração.
Bem tum tum tum.
Isso é viver.
Arre que não morri.
outra vez

estou viva.

E o tempo? Cura?

Há uma menina quebrada.
Há uma menina rompida
na esquina.
Ela é uma flor que caiu antes do tempo
sem se quer despetalar-se.
O tempo não deixou.
o tempo passou tão rápido.
Usufruiu da menina sua vivacidade.
Seus sonhos
O tempo antes do tempo
é uma carnificina.
é um outono que chega sem ser convidado
e vai rompendo todas as árvores
e amarelando o tempo.
O tempo.
O tempo é uma contagem inesperada.
A menina não soube contar.
E deixou que o tempo lhe fosse carcereiro.
E deixou que o tempo lhe ferisse
lhe consumisse.
O tempo é um maldito devorador de sonhos
de carnes
e de ossos.
Ah o tempo...
deixa tantas meninas quebradas
rompidas...
sem vidas.
por aí.
E ainda há quem diga

 que o tempo cura. 

Cadeira vazia

Bem senhores, eu li o edital.
E se bem ou se mal
resolvi me inscrever.
Para o número tal.

Eles a ela dizem: "Quem é você?"
Eu sou a poesia.
Posso ocupar a cadeira vazia.
Eu venho todos os requisitos preencher.

Eles se entreolham.
Depois gargalham:
Moça um nome?
És poetisa? Quantos livros escrevestes?! O que você mudou no mundo?

Mas eu sou a poesia.
Eu não escrevi, fui escrita.
Se a cadeira está vazia a mim me pertence.
Eu posso ocupá-la. Já disse, eu sou poesia.

Os senhores permanecem em anedotas.
Os poetas ocupantes das outras cadeiras
confusos.
-Hipócritas.
Saibam, saibam que cadeiras vazias são só espaços.
O que vocês acabam de perder é a verdadeira poesia.

Bem senhores, eu li o edital
e se bem ou se mal,
por julgamento banal.
A cadeira não posso ocupar.

Mas saibam senhores,
Que estou lá na rua,
na esquina, na praça
nos museus, com as traças.

com senhores e senhoras,
meninos e meninas
homens e mulheres.
Porque?
Porque não se muda nada.
Sentado numa cadeira.

A minha vontade?
é que todas estas cadeiras...
que estão preenchidas
Ficassem vazias.

E vocês ditos poetas...ditos escritores
estivesse comigo na rua,
fazendo a arte
e mudando o mundo de todos.

Não se muda o mundo com o que passou
com o méritos conseguidos atrás.
E meus caros...

A poesia não fica sentada.

sábado, 14 de setembro de 2013

Isso vai passar

E se eu não posso ter tudo que preciso,
então me deixa chorar,
e lamentar 
bem baixinho
em silêncio
no cantinho do quarto…
prometo não incomodar.
É só até a dor passar.
Eu acredito
tenho um pouco de fé.
Que isso vai passar…
Eu não suporto mais chorar
e imploro por um fim.
assim no cantinho do quarto,
quietinha,
soluçando.
Eu espero…
Isso vai passar.

Beat

Bebo tristeza na garrafa.
No gargalo.
Como se estivesse a pleno vapor
E pronta para dançar jazz em seus braços.
A solidão eu doso em copos, embriaga demais.
200 ml de uma.
1 litro de outra descendo pela garganta
E não adianta me olhar assim.
Deixa tocar meus blues.
Deixa tocar meu jazz.
Eu não tenho seus braços.
Mas isso não importa muita coisa
Uma hora da manhã
Dormirei
Nos braços da minha tristeza.
Aconchegada na minha solidão.
E embriagada pelas duas.

Porque eles dirão qualquer coisa



Eles dirão que foi suicídio.  Eles tentarão confortar minha mãe dizendo isso. E de repente eu terei me tornado uma boa filha, uma boa amiga, e até talvez digam que eu era uma boa poetisa.  Meu ex-namorado dirá que não tem culpa. Algumas pessoas tentarão também abster-se de qualquer relação comigo. Espero que vocês não.
Eles dirão que foi suicídio, que usei lâminas ou simplesmente tomei remédio demais.

Mas eu parecia tão sã.
Eles dirão que eu fui ingrata. Que não honrei a promessa com meus pais, que eu devia retribuí-los a vida e educação que me deram.  E por último,  por ultimo dirão que vou para o inferno.  Que eu cometi o pior pecado...haverão muitos promotores justiceiros para me acusar.  Nenhum para me salvar... Não houve nunca nenhum.
Eles dirão que foi suicídio.  Apontarão o agente causador.  E dirão coisas sobre mim. Sobre meu corpo. Dirão jaz suicida. Jaz.

Mas você não acreditará neles não é? Esses não aguentaram o peso da própria culpa.
Eles dirão que foi suicídio porque serei não mais que um corpo.
Indigente. Sem nome. Sozinha.

Foi duro suportar a vida roendo-me as entranhas. Foi cruel suportar as  noites vazias. A dor na alma que me dilacerou dia após dia. A dor. Eterna companheira ao fim feriu-me de morte. Foi doloroso esperar pela coragem.  Mudar ou se entregar.
Eles dirão que foi suicídio.  Mas isto na verdade foi um entrega.
Um último pedido me resta: guardem com carinho todas as minhas palavras.
Porque eles dirão qualquer coisa...