Bem senhores,
eu li o edital.
resolvi me
inscrever.
Para o número
tal.
Eles a ela dizem:
"Quem é você?"
Eu sou a
poesia.
Posso ocupar a
cadeira vazia.
Eu venho todos
os requisitos preencher.
Eles se
entreolham.
Depois
gargalham:
Moça um nome?
És poetisa?
Quantos livros escrevestes?! O que você mudou no mundo?
Mas eu sou a
poesia.
Eu não
escrevi, fui escrita.
Se a cadeira
está vazia a mim me pertence.
Eu posso
ocupá-la. Já disse, eu sou poesia.
Os senhores
permanecem em anedotas.
Os poetas
ocupantes das outras cadeiras
confusos.
-Hipócritas.
Saibam, saibam
que cadeiras vazias são só espaços.
O que vocês
acabam de perder é a verdadeira poesia.
Bem senhores,
eu li o edital
e se bem ou se
mal,
por julgamento
banal.
A cadeira não
posso ocupar.
Mas saibam
senhores,
Que estou lá na rua,
na esquina, na
praça
nos museus,
com as traças.
com senhores e
senhoras,
meninos e
meninas
homens e
mulheres.
Porque?
Porque não se
muda nada.
Sentado numa
cadeira.
A minha
vontade?
é que todas
estas cadeiras...
que estão
preenchidas
Ficassem
vazias.
E vocês ditos
poetas...ditos escritores
estivesse
comigo na rua,
fazendo a arte
e mudando o
mundo de todos.
Não se muda o
mundo com o que passou
com o méritos conseguidos atrás.
E meus
caros...
A poesia não
fica sentada.
Se os meus dedos traduzem a poesia dos meus pensamentos, os meus pés leem a poesia que transborda dos pensamentos teus... caminhando e poetizando...
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