quarta-feira, 30 de julho de 2014

Sem palavras

Eu já não tenho escrito sobre as minhas dores
nem dos abismos que pulo
esperando me quebrar toda,
não quebro.

Eu não tenho escrito sobre os amores
que não tenho,
nem sobre a minha filosófica tristeza
que tudo me responde.
Ela tem me calado.

Não tenho tido vontades
Eu estou automatizada.
Há sangue nas veias?
Duvido.
Já me derramei.
Estou pálida,
Mãe manda comer,
pai nem quer saber,

e um ai
uma publicação
é que atrai atenção, nada mais.

Eu não tenho escrito
não tenho achado bonito
o que tem revolvido minhas tripas.
Tripas!
é feio não é?!
Não mais
do que o que meus olhos enxergam
quando olho,
não pra dentro de mim,
mas pra fora.


Não tenho escrito,
Minha solidão tem abraçado
forte demais...
e crack...
São meus ossos quebrando.

Lá vou eu.
Perdão
minha solidão
é possessiva demais.