quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Eu nasci do estalar de dedos


Tudo nasce do nada.
Nasce do pontinho de nada no orvalho do teu olhar.
Coisa que o vento sopra como uma saudação,
que emerge e multa neste verão,
e hiberna no próximo
inverno.

Tudo nasce do nada.
É a criação,
Um "olá" desesperado.
Milhões de estrelas no céu...
De qual delas será que eu vim...?

Corro para os braços da primavera,
como folhas de outono me encontro no chão.
Não vejo florescer flores...
Nem seu desabrochar
porque tudo nasce do nada,
e espero o nada chegar
para ver se nasce alguma coisa.

E talvez eu poderia perguntar a cerca de mim,
Sobre os pés e os braços...
de onde vim ou para onde irei...
Mas tudo nasce do nada.
E nada nasce do tudo.

Eu nasci do estalar de dedos.

Plac...
Eis-me.

Nenhum comentário:

Postar um comentário