domingo, 29 de dezembro de 2013

Até espremer do coração a última poesia

Affonso,
Eu não sei como um homem  de
52 anos na cara
ainda senta diante de uma folha
em branco
para escrever poesia

Eu também não sei
porque diabos
uma garota de 24 continua
fazendo isso também

Eu também devia negociar
armas, alimentos
ser engenheira
quem sabe mãe...

Acho que é isso mesmo,
a gente não vai parar
até espremer a última poesia
do coração.

Ainda tem poesia Affonso?

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