quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Deve chamar-se tristeza


Deve chamar-se tristeza,
não sei.
Não a chamei, mas ela veio
e sentou-se na minha cama.
Ladainha de quem me ama.
Sem ter nada para me oferecer

Chama-se tristeza,
ou saudade.
Ou calamidade
Ou moça bonita
Reflexo da minha loucura.
Se mamãe soubesse...
Chamaria de alguma coisa.
Mães sempre sabem de tudo.

Deve chamar-se tristeza.
E me vem por se reconhecer em mim
nas minhas vísceras a amostra?
Ou na minha beleza escondida?

Não sei por que vem,
por que chega
nem como se chama.
Mas toda vez que me corre uma lágrima no rosto
Eu digo e praguejo.
Maldita tristeza,
E ela se enrosca nos fios do meu cabelo.

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