sexta-feira, 5 de abril de 2013

Um universo e meio


Depois que quebrou-se.
Manteve-se assim
Em mil pedaços espalhados pelo chão.
Sem a menor condição.
De juntar-se outra vez.
Não podia colar-se.
As reentrâncias não se encaixavam mais.
As lascas faltantes deixavam espaços
Impossíveis de se preencher.
E ficou.
Quebrada.
Espalhada.
Pelo chão.
Sem a possibilidade,
Por mais remota que fosse.
De um dia juntar-se novamente.
Porque quebrou-se e não havia mais jeito.
Pois seus pedaços estavam dispersos,
Por um universo e meio.

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