Fugiram para os
mosteiros.
Personagens da
dualidade da vida.
Foram-se
resguardar da maldade.
Da atrocidade.
Não voltaram.
No mosteiro
rezaram.
No mosteiro
cultivaram outra vida.
Outra alegria.
Melancolia sem
propósito.
O respeito gradual
a tudo.
A nada.
Respeito.
Mas o homem. Os
outros homens são desbravadores.
Chegam sempre aos
mosteiros.
Devastam tudo.
Devastam o mundo.
Dos monges.
Que choram
Que imploram
Que rezam.
E foi nesse
cenário.
Vimos os monges
queimarem.
A seus corpos.
A libertarem a sua
alma.
A defenderem sua
utopia.
Ao fim. Não há
liberdade no mundo.
Há o caos, há a
hermética paciência.
A teoria sem
prática.
Há homens que
matam para viver.
E vivem para
matar.
Há relatividade.
Há gravidade.
Há o horror.
Meus caros, mas
não há,
Não há um pingo de
amor.
E por isso queimam
os monges.
Mesmo sem saber
que são monges.
Mesmo sem saber
que estão em constante combustão.
Intacto estará seu
coração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário