Então minha mãe
perguntou:
Cadê a felicidade
que você saiu de casa para buscar?
Bradava aos quatro
cantos do mundo.
“Eu vou buscar
minha própria felicidade?”
Onde está?
Ouço-a.
Sua voz é
distante.
E o som é estridente na minha cabeça.
Será que bebi novamente?
Levanto-me.
Encaro a máquina
de escrever que resgatei
Dói os dedos ao
escrever.
Mas agora eu posso
dizer que escrever dói.
Meu quarto é uma pocilga.
Livros e camisetas
velhas com o símbolo AC/DC.
E uns desenhos do
Charles.
Vez ou outra
escrevo uns livros.
Vez ou outra eu
tenho dinheiro no banco.
Mãe.
A minha felicidade
nunca esteve lá fora.
Ela estava aqui.
O tempo todo aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário