sexta-feira, 19 de abril de 2013

A tal saudade





 
No fim muita coisa não importa.
Eu estou atrás da porta,
Surtando de lembranças tuas.
Sentindo o vento frio
Desta noite sem lua
Andar feito intruso
Por entre meus cabelos.
No fim nada mais importa.
A porta dá para a rua
Mas eu já não sou mais tua
E tu já não és mais meu.
No fim restam lembranças
Memórias vivas, respirando
Nessa dança
Imóvel.
Projetada na parede.
É um telão de emoções.
Sim suspeito que isso é saudade. –Tem de ser.
E se saudade for,
Por favor,
Tenha a gentileza
De levá-la com você.

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