Brilham vagalumes
numa noite nebulosa.
Cigarras cantam
afinadas, líricas canções.
Dentro da sala a
luz é refletida pelos cristais...
Sobre a mesa os
castiçais.
Brilham também
outros pirilampos,
Chamam noturnas corujas.
Os pernilongos
amaldiçoados
Sugam o sangue do
sujeito,
Debruçado no catre
duro e frio.
Quase inerte e
vazio. Sem alma.
Correm, fogem,
escapam os passarinhos.
Para seus ninhos
com medo da chuva.
E eu?
Eu permaneço
debaixo das gotas gélidas,
Observando o
brilho dos vagalumes, pirilampos.
Ouvindo o canto
das cigarras líricas
Inserida nesse
cenário pitoresco
Tecendo odes às
pobres almas
Dos sujeitos que
se deitam
No catre.
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