Na rua estão os
malandros
Os cafajestes e os
bêbados
As mulheres fáceis
e as prostitutas
Os cachorros
abandonados
Os gatos mancos.
O idoso
desprezado.
Os drogados,
Os viciados.
Os bandidos.
Estão também os
desesperançados.
Os desprezados.
Os invisíveis.
Aqueles que eram
chacotas.
Os pobres.
Os ratos.
Os vermes.
Na rua também está
o poeta.
Este que registra
tudo silenciosamente
À base de muito
papel em branco e lágrimas.
Ouvindo muitas
histórias.
Registrando muitas
vidas.
Descobri, elegante
senhor.
Que na rua tem
muito morador.
Porque a dor mora na rua.
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