terça-feira, 6 de agosto de 2013

Sem nenhuma voz

E se déssemos um grito?
E se despertássemos toda humanidade?
Que dorme esquecida
da nossa dor
Do nosso frio...
Da nossa fome
E ele do meu amor?
Grita comigo?

E se fizéssemos tanto barulho
mas tanta balbúrdia
que o mundo incomodado com a nossa
inquietude
com nossos gritos
e clamores
não descansasse?

E se discutíssemos aos gritos,
cartazes, barulhos,
sirenes, o futuro da humanidade.
Todos com sua voz.
Você aqui e eu aí.
Por que toda a humanidade dorme?

Ah querida- ele me disse:
Como sempre, os gigantes nos calariam a voz.
Esmagando nossa garganta e quebrando nossos dedos.
E então estaríamos nós,
Com frio,
fome e desesperados.
Sem nenhuma voz.

-Assim já estamos.

Um comentário:

  1. E já faz tanto tempo que mesmo curados das feridas, acostumamo-nos com o silêncio!

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