terça-feira, 27 de agosto de 2013

Então o que há no final...?



Ah, este caminho é muito árduo.
E as pernas estão machucadas
Uma luta danada, uma jornada
Para manter-me viva.
Vaguei, vaguei por tantas moradas
Procurei desde o princípio
Aquilo que a humanidade busca
Tanto que até esqueci o motivo da busca.

Eu batalhei com gigantes moinhos...
Sobre um cavalo, 
sem Sancho Pança.
Fiz isso sozinha.
Ah, este caminho é muito longínquo.
Assusta-me o depois.
Que me deixe para depois.
Ou simplesmente...depois.
Mas vou andando.
Arrastando os pés!
Vê ou não vê meu esforço?

A cabeça lateja.
O murmúrio me atinge.
Eu caio, e me arrasto
E me apoio no canto...
Os meus apoios
São dispostos de maneira poligonal.
Eles não me deixam cair...
Eu preciso chegar no final.

Ah eu pensei tanto neste caminho,
Eu li pergaminhos,
Até li Ovídio.
Mil e uma noites, Sherazade...
E até meu senhor... até soube muito das artes.
Mas esse caminho é árduo demais...

Foi difícil.
Me arrastei,
Me revesti
Fiquei do avesso.
Me feri,
Joelhos ralados
De tantas sucessivas quedas
Foi grotesco.
E para minha surpresa, quando cheguei ao final
Dessa jornada....
Lá no fim...
Que droga.
Havia outro começo!

Um comentário:

  1. Tire a poeira da sola dos sapatos e nos novos caminhos, deixe novas pegadas... sempre!

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