quarta-feira, 15 de maio de 2013

Um sonho. Errôneo. De amor.





Eu fiz de tudo pra você perceber
Que não era eu.
Eu cortei os cabelos
E usei salto alto.
Eu deixei de lado as poesias de amor.
Troquei o nome.
Mudei de endereço
Mudei adereço,
Mas você me encontrou.
Sem saber continuou
Me endereçando esses olhares de amor
Sem saber que isso me mata.
Sem saber que isso me sufoca.
Sem saber que o amor não é antídoto pra mim.
O amor é pequeno, Romeo
O amor é veneno.
Para alguém como eu.
Eu fiz de tudo para você perceber
Que não era eu.
Assumi que consumiria pouco a pouco
O teu coração.
E te forçaria a me ensinar a tocar violão.
E que terias de ter toda a paciência do mundo.
Eu fiz de tudo...
Eu te disse que não como carne
Que eu só sei viver de poesia.
Uma poesia covarde...
Eu fiz de tudo para você perceber...
O risco que eu representava.
Mas você me dizia,
Que preferia morrer,
A não dizer que me amava.
E então, eu sorri, pela primeira vez em tantos anos.
Um frio gelado nos pés... acordei.
Sem cobertor.
Era apenas um sonho,
Errôneo.
De amor.

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