Eu te amei,
suja, infértil e improdutiva
uma rapariga,
de vestido curto,
pelas ruas de Berlim.
Eu te amei
boca borrada
do batom vermelho
que você beijou
e arrancou com fúria da minha boca,
Eu te amei desgraçadamente
Como Deus certamente
amou a serpente
que no jardim do Éden ele colocou
E te amei como Adão
amava Eva
Mas duplamente não resistiu
nem a serpente nem a maçã.
Eu te amei,
como um Leviatã,
ausência e proeminência do poder,
Louco em si mesmo.
Verme do meu amanhã.
Eu te amei,
até te converter nesse
pedaço dentro do meu peito,
É assim,
que dia após dia,
reconquisto meu próprio coração.
E você meu bem,
foi só mais um pedaço.
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