Você tem uns minutos para cativar,
ficar, aproveitar.
Mas o tempo acaba
e todos tem de partir.
Quebramos nossos corações o tempo todo.
Malditas expectativas.
A vida é sobre abrir mão
deixar partir
e também ir.
Porque tudo é assim...
Começo e fim.
Tristeza e apreço
Felicidade não é endereço...
Partir
abrir mão.
Um dia você estará diante
de uma nova floresta
para desbravar
e se tiver consciência,
não vai olhar para trás.
Não olhe.
A vida é sobre deixar.
Mas eu nunca saberei dizer
se dói tanto para quem parte
como dói para quem fica.
"Os anos passam e, enquanto envelhecemos, perdemos amigos e amores... A natureza é mesmo inteligente: Conforme ficamos solitários, aceitamos melhor a morte."
ResponderExcluirBela poesia.
Voltando após uma "maratona" de leitura no seu blog...
ResponderExcluirTomei a liberdade de fazer alguns comentários em algumas de suas poesias, embora não saiba se você vai ler...
Sabe, eu estava pensando no ódio que sinto nessa época de carnaval, enquanto pesquisava à procura de palavras solitárias como as que eu costumo escrever... Acabei por encontrar o seu blog e fiquei fascinado com suas poesias.
A solidão não existe pela falta de pessoas ao seu redor... Ela existe quando seus sentimentos não são compreendidos...
Quando li suas poesias, foi como se mais alguém sentisse o que eu sinto... Por causa disso, deixei de me sentir solitário.
Obrigado.
Se não tem problema, vou colocar, aqui, uma poesia que escrevi, com base no mito da caverna, de Platão. Agradeço se puder ler:
Teia de Aranha: A tese, a antítese e a síntese.
A aranha negra teceu sua teia
Nesse mundo despedaçado
Emaranhando nossos corações
Envolvendo-nos com a escuridão
Estamos dentro de uma caverna
Amarrados, de costas para a saída
Não vemos a luz
Apenas sombras que passam pela parede
Não podemos mover nossos pescoços
Estamos presos nessa ilusão
Vivendo uma falsidade
Embriagados por prazeres efêmeros
Deslumbrados com nossa "inteligência"
Somos "senhores do universo"
Somos "reis", "somos deuses"
Sim, somos senhores
De um universo de fantasia
Eu acordei
Eu vi a luz, eu vi a saída
Eu olhei para fora da caverna
Meus olhos foram ofuscados pela claridade
E minha mente ficou atribulada
Eu vi a verdade
E, por um instante, ela me entorpeceu
Eu acordei,
Eu vi a luz, eu vi a saída
Eu agarrei a verdade com ambas as mãos
Para enxergar além do mundo da fantasia
Eu cuspi o veneno da ilusão
O doce e agradável veneno da antiga realidade
Minhas pernas, desamarradas, mal conseguem andar
O ar do real queima os meus pulmões
Eu tremo e sinto medo, mas não posso soltar a verdade
Estou confuso, estou perdido
Mas, sim, estou vivo
A tese, a antítese e a síntese
Além da minha compreensão
Sombras falsas que eu via
Desapareceram da minha visão
De repente, a luz transforma-se em trevas
A aranha negra em meus ombros, admira as ruínas
A verdade é dolorosa, muito pior do que a ilusão
Sim, apenas um solitário em meio à escuridão.
A realidade é mais horripilante que a fantasia
Ou será que, aquela luz, também era uma mentira?
Confuso, despojei-me da razão. Onde eu estou?
Preso em um sonho, tentando escapar?
Onde eu estou?
Ainda na caverna, tentando acordar?
Sonhos e esperanças
Misturados ao veneno
Desejos e objetivos
Misturados ao veneno
A mentira e a verdade
Misturadas ao veneno
Embriagados por prazeres efêmeros
Deslumbrados com nossa "inteligência"
Somos "senhores do universo"
Somos "reis", "somos deuses"
Sim, somos senhores
De um universo de fantasia
Somos reis...
Do vazio de nossa existência.
Onde eu estou...?
doi sim
ResponderExcluir