domingo, 30 de março de 2014

Muito eu queria, mas é pouco o que eu quero

Muito eu queria ter
do brilho das estrelas
e brilhar um pouquinho
nessa noite escura
um pequeno vaga-lume
na escuridão.

Muito queria eu ser a lua
assim teria como justificar
todas essas crateras
E eu diria: Vejam, eu sou a lua!

Muito queria e ser a primavera
cheia de brisa e de flores
ou o Outono
E ter alguma beleza
Não queria mais chover
a chuva é muito feia
eu queria nevar!

Muito eu queria ter do tato
das rosas
a maciez e o perfume
daria todos os espinhos de defesa
para ser
uma indefesa flor.

Muito eu queria ter
como poeta
nem rimas mais eu tenho.
Como pessoa não tenho nada.

Mas talvez se viramos o quadro
na parede,
e invertemos o angulo das coisas
daquele jeito anormal,
Talvez,
Talvez assim,
eu tenha TUDO.

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