Ela está lá,
dobrada sobre o caixão, sem sentimento.
Alçando, levando,
e levando mais um espírito.
Eu a olho. Não
estou assustada. Estou furiosa.
Estou cansada,
estou farta de tanto sofrimento.
Ela possui asas.
Não são asas pretas. São cinza.
Como uma cena e
lembranças de um passado.
Aparência
arrogante, cabelos negros e imponentes.
Estou tonta, mas
corajosa, a encurralo.
Ela me olha, os
olhos com um brilho opaco.
Como se não enxergasse
nada a sua frente.
Sustenta-me o
olhar.
Maldição! Ela me
desafia. Mas essa eu não vou perder.
Grito. Chamo-a de
cruel, de impiedosa.
Prometo um dia
matá-la! Amaldiçoo-a com mil palavrões.
Tirados da minha
coleção do inferno.
E ela simplesmente
se rir de mim.
Toca-me o queixo,
poderosa, mostra grátis de como é forte.
E diz: “ Se tudo é
assim, é porque vocês humanos são fracos.
Hipócritas,
imorais e frágeis pecadores. Conforme-se. ”
E rindo lá se vai
ela. E eu fico na penumbra, desejando um
dia matar a morte.
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