Ando por ai,
Madrugada adentro,
Depois que as
sombras se escondem
De Medo do mundo.
Eu saio por ai,
Perambulando,
Gesticulando,
Falando sozinha.
Colhendo em cada
esquina,
Em cada rua,
Um pouco de
neblina
E um pouco da lua.
Salvando a dor do
escritor,
O grito do louco,
E a reputação da
Mulher.
Saio resgatando as
pétalas da flor
Que o vento
despedaçou,
E as lágrimas que
eles derramaram
E se misturou com
a chuva.
Faço isso todo
dia,
E acabo embaixo
da tua janela,
No breu da
escuridão,
Catando a poesia,
Que jogas no chão
- coisa indigesta.
E eu, atrevida,
resolvo o dilema
Fazendo poesia da
poesia do poeta.
Talvez um dia nos cruzemos por estas ruas...
ResponderExcluirÉ muito provável que nos encontremos.
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