sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Excesso de Sonhos










Queria ser uma Princesa,
Para decretar liberdade
De todos os escravizados,
Dos inquilinos da dor e da saudade.
Dos ranzinzas da alma,
Dos taciturnos da poesia.
E vivamos todos livres.

Queria ser capitã de um navio,
Poder mudar o curso da viagem,
“A bombordo cavalheiros,
Ou a estibordo, vamos cortar o vento!”
E todos os meus marujos cantariam
Uma única canção.
Desbravando os sete mares.

Queria pilotar um avião,
Dirigir um carro com muitos passageiros,
Céus, mar ou terra,
Nada seria empecilho
Para chegar ao sonho derradeiro.

Eu, queria ser poeta,
Drenar de todo o peito da humanidade a dor,
adubar o solo da tristeza,
para que floresça apenas a alegria,
“Porque é melhor ser alegre que ser triste”

Mas se a meia- noite,
Um sino tocar, um sino pequeno, dentro da tua mente
É a minha alma avisando delicadamente aos teus sentidos,
Que eu me fui.

Assim caso alguém te interrogues a cerca de minha partida,
Apenas diga, registre o meu epitáfio.
“Morreu por excesso de sonhos.”

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