quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O perfume II



Acabou o perfume,
As flores morreram.
Você é um assassino!
Leva a vida das coisas belas...
Deixa os restos dos valores que tive!
Cama vazia, 
Casa vazia.
Porque diabo ainda permanece aquele espectro próximo ao meu espelho?
Será o frasco vazio?
Deve ser o frasco vazio.
Deve ser a vida vazia.
Deve ser o peito vazio.
Deve ser ilusão,
Dos meus olhos cheios de lágrimas...
Já é verão,
Ou é inverno.
Eu me perdi nessa contagem do tempo. 
Recordando apenas que esta única fragrância você esgotou.
Conta gotas.
De devagarzinho.
O perfume acabou.
Você é um assassino.
Matou todas as flores do meu jardim.
Agora é impossível voltar a sentir
o cheiro daquele perfume. 

Texto baseado em Perfume

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