quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Aquela que destruiu as estrelas.

Cair,
feito um anjo que voava tão alto
e de repente teve suas asas arrancadas
condenado a vagar pelo universo
arrastando atrás de si
uma asa inábil,
peso inerte que faz mancar.

Cair,
beijar o solo,
o chão, o barro,
conhecer a lama,
e ainda assim levantar...

Apoiar-se devagar
nos proprios ossos,
porque acostumou-se
a bandida
e maldita solidão - coisa que também criou.

Cair,
gritar, explodir
ruir
destruir um milhão de estrelas
com lágrimas ácidas,


Destruí,
dezenas de galáxias e suas estrelas brilhante
apenas com o toque sedoso
com o sopro silencioso...
do mais profundo da minha dor.

Cair,
E levar comigo
o pó do universo.

Eu devo mesmo ser o primeiro ser.
Acredite,
fui eu quem causou o big bang.
É por minha causa que vocês estão ai...
trouxe a primeira vida
no pó da estrelas que destruí.

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