quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Tarde demais

Não importa mais.
A lua já foi coberta por um nuvem negra,
E começou a chorar.
E o mundo inteiro chorou com ela.

Não importa mais os sonhos que tentem me vender.
As histórias que vão me contar.
A meia-noite tudo se perde.
A luz eu vou apagar.

Não importa mais os presentes que deixem na minha porta.
Os telefonemas que enderecem a mim.
As cartas que me mandem, ou e-mails.
Eu não vou abrir.

Não importa mais a minha assinatura no abaixo assinado do Greenpeace.
Tentar salvar os ursos polares ou a floresta amazônica.
Nem tentar renovar a minha identidade.
Eu não tenho mais existência.

Não importa mais a noite que chega,
O dia que acaba,
Se estou sozinha ou acompanhada.
Se morrerei antes ou depois da madrugada.

Não importa mais…
Estou como um desses monstros da rua.
Devorando todos os sentimentos
Me correndo por dentro.

Não importa mais o quanto me digas que me ama.
Se me ama. Se me amar… Não importa mais…
Acabou a perspectiva.
Mãe, me perdoe.
O problema não era o mundo.
O problema era eu

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