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feito um anjo que voava tão alto
e de repente teve suas asas arrancadas
condenado a vagar pelo universo
arrastando atrás de si
uma asa inábil,
peso inerte que faz mancar.
Cair,
beijar o solo,
o chão, o barro,
conhecer a lama,
e ainda assim levantar...
Apoiar-se devagar
nos proprios ossos,
porque acostumou-se
a bandida
e maldita solidão - coisa que também criou.
Cair,
gritar, explodir
ruir
destruir um milhão de estrelas
com lágrimas ácidas,
Destruí,
dezenas de galáxias e suas estrelas brilhante
apenas com o toque sedoso
com o sopro silencioso...
do mais profundo da minha dor.
Cair,
E levar comigo
o pó do universo.
Eu devo mesmo ser o primeiro ser.
Acredite,
fui eu quem causou o big bang.
É por minha causa que vocês estão ai...
trouxe a primeira vida
no pó da estrelas que destruí.
Agora trate de aceitar as responsabilidades...
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