Vejam-na chegando,
Os olhos sem vida,
O rosto cansado,
Ninguém ao seu
lado,
Ela sorriu.
Tão distraída.
Meio desiludida,
Cumprimentou-nos.
Sentou-se na
praça,
Final de tarde
era.
Um livro nas mãos.
Olhava o horizonte
E o nada com muito
interesse.
Conta a lenda
As boas e más
línguas
Que aquela já foi
poetisa.
Tinha um gosto na
vida.
Tinha amor no
coração.
Agora veja os
retalhos,
Costurados do
peito...
Assim de qualquer
jeito.
Piedade, tenhamos.
Cuidado, ela nos
olha
Meu deus que
terror
Há naquele olhar.
Dá medo, dá pena,
Capaz de fazer
qualquer flor murchar...
Verdade, sigamos
seguindo com os olhos
Aquele ser difuso
que parece fantasma.
Vaga e só vaga por
entre a gente,
Suspirando,
chorando. Meu Deus que dor.
E vejam o rastro
de sangue que deixas para trás,
É verdade
entendamos... ela brilha na escuridão.
Prova viva de que
levaram...
Um pedaço de seu
coração.
Adeus poetisa, que
viva e viva
Em versos do
além...
Covarde somos
nós...
Leve a nossa dor
também.
Ela nos olha,
compadecida e resoluta.
Com o riso aceita
a dor
que oferecemos...
E apenas nos diz
num sussurro
Para que nós não
lutemos contra o amor.
Adeus, adeus
poetisa.
Adeus, adeus moça
triste...
Nossa... (emoticon de aplausos)
ResponderExcluirGrata...
ResponderExcluir=D
Nunca pensei que uma "moça triste" pudesse ser tão lindo!
ResponderExcluirParabéns!
Obrigada.
ExcluirMuito bom, inspirada como sempre parabéns.
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