Desculpe-me,
Eu andei
desesperada,
Pela madrugada,
Sem saber de nada
Nem onde eu fui
Nem porque hoje cheguei.
Pensei ontem à
noite
Ter saído de casa,
A face retalhada
Pelo demônio da
dor.
Ouvi me chamarem,
Murmurarem meu
nome com doçura extrema
Brilhando no
horizonte
Uma luz me
chamava.
Pensei caminhar
até ela,
Um caminho repleto
de cores,
Que me cegavam os
olhos,
E deixei-me guiar
pelos sentimentos.
Desculpe-me por
retornar só agora,
Estou
envergonhada,
Sem vestes que me
cubra, sem justificativa.
Sem respaldo, sem
desculpas...
Desculpe-me por
retornar agora.
Os sentimentos me
levaram para uma jornada,
Hoje acordei
cansada,
A pele desfigurada.
Também não me
reconheci.
E sem pulsação.
Toquei em meu
peito, havia cicatriz.
Maldito infeliz
Sejas pela vida...
Aquele que levou
meu coração
E como castigo me
deixou viva.
(PS. Créditos do título ao colega Júnior Júnior...)
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