terça-feira, 27 de maio de 2014

Voo

Aquilo que podia assustar
pessoas,
aquilo de andar de pés descalços por todo o chão
de vestir quase nada,
de olhar para o nada
e pensar em quase tudo
de atrair a escuridão.

Aquilo do qual todo mundo corre
tesouros que trazem criaturas
criaturas que se aproximam
olhos que não podem ver.

história que explícita nunca será contada
escuridão da alma,
riso de um por-do-sol na calçada.
Sem muita proximidade.
Olhar a lua,
as nuvens sendo levadas pelo vento
não, o céu não está se movendo.

Aquilo de cristalizar na luz do sol
de segurar as criaturas nas mãos
alimentá-las com pedaços de si
Aquilo...

Um pássaro se tornou vários.
Eu tinha muitos pássaros nas mãos...
E quando todos eles voavam...
aquele abrir de asas
aquele alcançar o céu,
aquele debruçar sobre a janela
aquele tentar alcançar e não poder...

aquele sorrir embevecido,
eu sempre amarei o
Voo.
Dos meus pássaros.

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