O homem se acomoda a seu destino
A sua triste ocupação
A sua vida vazia
A seus braços vazios
Acomoda-se é tão fácil.
É um laço que não se desfaz,
Que o tempo fortalece
Tudo se esquece,
O sonho e a percepção.
E lá já vai tarde
Passou a mocidade, e eu lembro então.
Cansaram-se dos olhos que olham, mas não se veem.
Cansam das bocas que se beijam se tocar
E se tocam sem se amar.
Acomodados aos desejos e à fuligem
À fumaça, aos espectros.
Acomodados ao destino
São seus próprios inimigos,
E nesse embate destroem a si mesmo.
Nesse embate agora
Mesmo do lado oposto da praça
Vi um destes em abate.
Acomodou-se a humanidade
Nada mais acontece
Então eu faço uma prece
Destino nos chacoalhe.
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