quinta-feira, 6 de junho de 2013

Imitação da vida

Brinco de ser vaga-lume.
Sozinho à noite me coloco
A iluminar a noite escura
Voando de cá para lá.

Brinco de ser uma formiga
De dia o árduo trabalho
E brinco de ser cigarra.
De noite intensas cantigas.

Brinco de ser trovador
E toco meu alaúde,
E dedico-te canções de amor,
De mansinho e bem amiúde.

Brinco de ser uma estrela,
Brinco de ser a lua,
Brinco de iluminar
Os vãos da tua rua.

E nessa brincadeira de ser
Eu que não era nada,
Passei a ser algo.
Uma imitação da vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário