Brinco de ser vaga-lume.
Sozinho à noite me coloco
A iluminar a noite escura
Voando de cá para lá.
Brinco de ser uma formiga
De dia o árduo trabalho
E brinco de ser cigarra.
De noite intensas cantigas.
Brinco de ser trovador
E toco meu alaúde,
E dedico-te canções de amor,
De mansinho e bem amiúde.
Brinco de ser uma estrela,
Brinco de ser a lua,
Brinco de iluminar
Os vãos da tua rua.
E nessa brincadeira de ser
Eu que não era nada,
Passei a ser algo.
Uma imitação da vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário