Ele saiu sem guarda-chuva
Mas o dia estava tão cinzento,
Logo, logo iria chover...
Aquele mormaço agourento
Caminhou pela calçada,
Mãos nos bolsos, esperando.
Estava esperando a chuva.
A chuva fria.
E ela chegou.
Admirou-a, acariciou-a
E se deixou acariciar.
Enquanto todas as
outras pessoas se escondiam.
Ele saiu sem guarda-chuva,
Sem proteção, sem preconceito.
Porque ele queria absorver a essência...
A essência primitiva e crua da chuva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário