domingo, 9 de setembro de 2012

Valsa da dor!



Deitei a cabeça de lado,
Visualizando o imenso céu alaranjado
Formando-se ao fim da janela,
A morte do sol, a chegada do noite. – Que coisa mais bela.

E recordei, maldição é a nossa memória.
Que impregna o coração e  os sentidos,
De coisas que viraram história
De coisas sem sentido.

Eu o recordo.
Aquela paixão torturante que senti um dia- e o amor,
Tento fugir mas todas as lembranças dançam comigo,
A minha triste valsa de dor.

Eu o recordo,
E surge uma trilha de lágrimas no meu rosto morno,
Não é sobre o tempo sobre o sol que morre,
Esse dilema não é pelo som do piano distante.

Esse drama é sobre mim.
E minha maldição histórica- o amor...
Mas eu creio no fim
O tema principal dessa  trama... a valsa de dor.

Foi-me um sonho
Foi-me sorriso
Foi-me amor,
Foi-me versos de poesia
E eu teu compositor!

Arde os olhos ao lembrar
Teu sorriso que perdição
Dói-me o peito ao recordar.
Os Trâmite da minha paixão.

Matou-me o espírito dentro do corpo,
A alma esfacelada deixou,
Porque mentiras e enganos,
Porque sujastes o meu amor...?!

Vês que ser vil deixastes?
Vês que perversa criastes?
Vês que me tornei amante da dor.
Porque me feristes e não há cura,
Para as feridas do amor.

Por favor, que tua sina traiçoeira
Termine comigo,
Que não destrua outro peito
Que não rompas outro coração.

Que em mim se encerre,
Tua trilha de horror,
Que jamais tire outra dama
Para dançar esta valsa de dor. 

2 comentários:

  1. Me vi a dançar
    Com meu antigo par
    A tão triste valsa do amor...

    ResponderExcluir
  2. Eu achei incrível... e olha que eu nao digo para tudo que escrevo que ficou incrivel! Mas este.. está incrível!

    ResponderExcluir