Há na roda um homem comum,
Não há lagrimas em seus olhos
Terror nenhum,
Está calmo, tranquilo.
Cochichos ecoam pela roda,
A muitas pessoas incomoda,
E lhe dizem: Não parece poeta.
Ele responde: Mas sou poeta.
Então onde estãos
Seus olhos sonhadores
Seus muitos amores
Em meio a multidão?
Onde está a dor que atormenta,
O riso louco que te sustenta,
O modo insano de pensar
A fome de poesia que nunca parece saciar.
Onde estão suas rimas perfeitas?
Seu gesto complacente?
Como estás? Parece que não sente
Com nada te deleitas.
Sucinto o poeta responde:
Não sou responsável
Por estas definições
E sim a poesia.
Pois não sou eu quem vive nela
É ela que vive em
mim.
De mim só posso dizer,
Que sou receptor que vai acatar
As ordens que a poesia do universo me dá.
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