segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Mais conhecido como céu

Era um sentimento bem mais doloroso
bem mais confuso
bem mais infernal do que gostar.
o que eu sentia era o carma de todas as pessoas
que por desprazer, por infelicidade
tiveram dilacerando dentro do peito
um coração.
Dissolvendo-se com essa angústia,
vendo nascer e crescer uma dolorosa ferida dentro da alma,
tendo de suportar
anoiteceres,
amanheceres.
Sem nunca sentir nada. E implorar um sentimento qualquer.
Um prato delicioso para uma boca sem paladar.
Era uma tristeza sem tamanho,
tentar alcançar as estrelas
sabendo que as mãos jamais tocariam os céus.
Vendo um anjo lá em cima balançar a uma altura segura das minhas mãos: a doce felicidade.
Amaldiçoei todos os anjos
O que eu sentia era não sentir.
E isso me enlouquecia.
E as vezes eu sentia tanto...
que eu via esfumaçar,
desaparecer sonhos diante dos meus olhos.
A dor que eu sentia era intensa,
imensa e tomava forma;
E eu suplicava um fim,
que tudo acabasse....
Até que um dia...
Eu senti.
O fogo que queimou
a alma....
a chuva que veio e levou os restos das cinzas.
As asas que nasceram prontas para voar...
e voaram...
para o infinito.
Também conhecido como céu.

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