Dessa vez eu não
posso te tocar
Vejo que tu és
como a linha do horizonte
Que recua, se
afasta, se distancia.
Quando tento me
aproximar.
E eu não posso
falar, declamar, recitar,
Se tu já não podes
me escutar
Porque essa dor já
me consome,
E entre sussurros
e gemidos eu balbucio teu nome.
Sei que tudo se
foi
Tuas lembranças
Tua presença,
E a única cura
para minha doença.
Sei que desta vez não
vais me olhar,
Porque miras o
futuro
E inevitavelmente,
este ser doente que te escreve,
Está retratado no
teu passado.
Eu sei que desta vez
para mim já não há salvação
Estou aqui
perdida, nesta neblina.
Onde não consigo
decifrar
O que é verdade ou
o que é ilusão.
Porque dessa vez
Não há você em meu
desvelo
Para me despertar
com um toque
Dos meus terríveis
pesadelos.
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