domingo, 12 de setembro de 2010

Eu nao te pertenço, tu sim me pertences solidão!







Foi ela, sorrateira.
Nada discreta, ontem a noite.
Entrou pela janela.
Mais uma de suas brincadeiras.

E foi entrando
Tornando escuridão o que era luz
E foi tomando...
Minhas antes cores azuis

Portando seus cantos
Que me fazem chorar
Debulhando encantos
Tentando me cativar

Diz em suas canções que eu não devo amar!
Eu nasci poeta para isso poetar
Meu dever é para com a poesia
O amor não pode aceitar

E se enfurece querida,
Porque não te dei minha vida.
Mas essa face que tens 
Fui que te dei meu bem...

Porque se enfurece?
Tu foste algum tempo rainha,
Mas como todos, sem distinção.
Também me deixou sozinha
Para habitar outro coração.

E agora chega,
Tomando conta de tudo...
Agora chega com esse pensamento absurdo.

Tu que se chamas solidão
Que antes habitaste meu coração...
Tu és minha obra 
E não eu a tua

Sou que escrevo poesia
E rimo minha ilusão
Com intervalos mesclados
De amor e solidão...

Entendes que em mim não podes mandar!
Não mais nesse meu mundo cinza
Entendes tu és a poesia...
E eu sou a poetisa!

Um comentário:

  1. Uauuuuuu! Mas que poema mais lindoooooo! Vc realmente é uma poetisa nata! :) está lindo seu blog! Parabéns!

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